sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Mulheres

A vida de uma mulher, nos dias de hoje carrega uma parcela de stress, que até algum tempo atrás era destinada somente aos homens.A igualdade dos sexos trouxe possibilidades e privilégios acompanhados de novas obrigações que vieram se somar com as responsabilidades que as mulheres já tinham.E ser mulher hoje em dia, muitas vezes, significa que você vai ter que resolver mais problemas do que seu tempo ou capacidade permite, seu dia a dia vai ser corrido e provavelmente você vai estar muito ocupada para pensar em lazer.Ser mulher se tornou pressão, a pressão de não ser uma dona – de – casa, a pressão de ter um bom emprego, ascender na carreira, ter uma casa impecável, filhos bem educados e preparados e se tornar a companheira mais completa que seu marido poderia sonhar e tudo isso maquiada, escovada e em cima de um salto. A recompensa de todo esse hercúleo esforço é o direito de poder fazer mais, ser mais, ter mais.

Neste mundo em que vivemos perdemos nossas identidades, não sabemos o que queremos ser quando crescer, sabemos somente o que esperam que sejamos. Profissionais, de preferência solteiras, com quantos MBAs sejam possíveis, que coloquem suas carreiras em pedestais e só abram espaço para a maternidade desde que a produção seja independente.Nos sentimos perdidas por que tentamos edificar nossas vidas através do modo de pensar do próprio mundo,o qual muda inconstantemente e não leva em consideração interesses de quem quer que seja. Num dia é pop ser amélia, no outro pop é ser solteira.Nossas deficiências são mal vistas, feias fraquezas de uma obra imperfeita e o que poderiam ser oportunidades de crescimento se tornam estorvo. As mulheres geralmente mais sensíveis abrem mão do sentir, algo que as caracteriza, para se tornarem um falso arremedo de homens melhorados.Esse é o resultado da igualdade entre os sexos, buscamos nos tornar iguais em tudo aos homens ,inclusive no que é reprovável, para ter os mesmo direitos e obrigações. Com isso dedicamos menos tempo às nossas famílias, nos tornamos omissas, promíscuas e começamos a achar que a responsabilidade do outro sempre é maior nos erros.

Em meio a essa corrida pelo pódio de super humano do ano, a Igreja de Jesus Cristo se torna refúgio para mulheres que em suas vidas não encontram uma palavra de ânimo, um braço amigo para servir de apoio, um ouvido atento a suas queixas e esperanças.É no meio do convívio com mulheres de Deus que outras mulheres podem encontrar aconselhamento sem sentença, amor sem interesse e ajuda sem cobrança.Cristãos devem fazer diferença por onde andam, mas mulheres cristãs são chamadas a se tornarem auxílio a outras mulheres.Faz toda diferença se cercar de pessoas que vivem pautadas por princípios retos, atemporais e não por modismos que podem hoje dar status e amanhã destruir personalidades e auto-estimas. Mulheres que tem suas atitudes pautadas por preceitos sadios tomam decisões sensatas, se tornam donas- de –casa, não por que seus QIs sejam baixos, mas por saberem da relevância que isso tem na formação de sua estrutura familiar.São mulheres que têm em seus maridos cúmplices e não concorrentes, mulheres que não possuem reservas de si mesmas ao invés disso se doam sem limites à suas famílias, seus maridos, seus amigos, suas igrejas.Sábias mulheres que não se calam ao enxergar em suas amigas a necessidade de exortação,seja no trato com sua família,seja no modo de vestir. Mães que enxergam em seus filhos mais que problemas ou trabalho e encontram na maternidade a possibilidade de realização e aprendizado que o mundo jamais vai conseguir substituir na vida de uma mulher.

Poder contar com esse tipo de amizade faz toda diferença na forma como lidamos com nossas questões, poder se sentir parte de um todo, nos ajuda a assumir nossos sentimentos, nossas dúvidas, validar nossas decisões e crescer no processo.Tudo isso simplesmente sendo amiga de alguém como você que se importa com você.

2 comentários:

Rodrigo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo disse...

É Livia, as mulheres estão perdendo o seu melhor, que é sua feminilidade.

Quando se negam, quando dizem "não" pra si mesmas, elas (vocês) ficam sem saber direito pra onde ir, meio perdidas, pois, nessa hora, estão sustentadas por ilusões.

Nesses caminhos falsos, se “desbandeiam” facilmente aos extremos; e é aí que corre o perigo: os extremos andam muito próximos! É como aquela estória do rapaz que é extremamente calmo... e um dia explode. Sacou?

O lugar real mesmo é no meio desses extremos, quando você está centralizada, equilibrada. Quando você encontra você mesma largada lá no fundo, que você mesma largou um dia só pra ser o que os outros queriam que você fosse. Suspeito que voc~e é feliz quando você se encontra. É isso aí.

: )